Tradição, resistência e ousadia marcam a segunda noite de apresentação do Boi Caprichoso

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Foto: Gilson Almeida.

Gilson Almeida | Radar

radarnewsamazonas@gmail.com 

O Boi Caprichoso abriu a segunda noite do 57º Festival Folclórico de Parintins falando sobre tradições. O espetáculo azul e branco foi comandado pelo apresentador Edmundo Oran. O repertório músical ficou sob a responsabilidade do levantador de toadas Patrick Araújo.

O Boi Caprichoso fez a sua participação defendendo o item boi-bumbá evolução com a toada Málúù DúDúdú.

Fazendo a introdução do que o touro negro apresentaria na noite, o amo do boi Prince do Caprichoso fez seu primeiro verso.

Concorrendo como figura típica regional e alegoria, o Boi Caprichoso apresentou “O pescador da Amazônia”. O item 19 – galera, também participou com adereços de peixes. E falando em nisso, os componentes da cênica levaram peixes de verdade para a arena.

Da alegoria surgiu a porta-estandarte Marcela Marialva para defender o pavilhão azul e branco. Com uma dança contagiante a item feminino levou o público ao delírio.

Também da alegoria da figura típica regional surgiu a sinhazinha da fazenda Valentina Cid, com um vestido da cor dominante branco, com detalhes azul nas bordas. A galera recebeu a item com adereços de estrela.

Para defender o item levantador de toadas e de toada, letra e música, Patrick Araújo cantou a toada “Feito de Pano e Espuma”, composição de Adriano Aguiar e Ronaldo Barbosa Júnior.

O amo do boi Prince do Caprichoso foi quem conduziu a participação da vaqueirada junto com a estrela maior, o Boi Caprichoso com o chifre confeccionado de azul e branco, combinando com as lanças dos vaqueiros e vaqueiras.

O pajé Erick Beltrão fez a sua primeira aparição na transformação para o cenário indígena para receber o tuxauas que surgiram de módulos alegóricos erguidos no meio da arena do Bumbódromo .

Vindo de uma arara azul nas alturas, a cunhã-poranga Marciele Albuquerque desceu na arena do Bumbódromo para agitar a galera com sua performance, se transformando em gavião e montando em um módulo alegórico de onça.

Em seguida, foi a vez do item povos indígenas darem show de coreografia, utilizando módulos que foram montados pelos integrantes para somar com a apresentação. Além disso, o item contou a participação do pajé Erick Beltrão.

Levando o público ao delírio, o Boi Caprichoso apresentou a lenda amazônica “Chico Patuá” que concorreu também como item alegoria, produzida pelo artista Jeremias Pantoja e equipe. O ápice da apresentação foi quando do meio da alegoria já montada surgiu outro módulo de Chico que se “ingerou” em uma onça pintada.

De um morcego gigante vindo das alturas, a rainha do folclore Cleise Simas desceu na arena para encantar o público com sua beleza e dança. Ela ainda conduziu uma boiuna montada por dançarinos que lhe acompanhou durante a sua apresentação.

Levantando a luta de resistência dos povos originários, os dançarinos do Boi Caprichoso apresentaram uma coreografia que agitou a arquibancada, tendo a participação da cunhã-poranga Marciele Albuquerque. Em seguida, o Boi Caprichoso defendeu o item Marujada tocando a toada Waiá-toré, contagiando a galera.

Com uma alegoria produzida pelo artista Kennedy Prata e equipe que tomou conta da arena, o ritual indígena levou a nação azul e branca ao delírio com os acabamentos, movimentos robóticos, efeitos especiais e com a ousadia de levantar do meio da gigantesca alegoria uma maloca de onde surgiu o pajé Erick Beltrão para finalizar a apresentação do Boi Caprichoso na segunda noite. O bumbá encerrou a sua apresentação com folga aos exatos 2h25min.

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