Ronda Maria da Penha celebra 1 ano de atuação em Parintins

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Foto: Suelen Gonçalves / Sejusc.

Gilson Almeida | Radar
radarnewsamazonas@gmail.com

A Ronda Maria da Penha celebra 1 ano de atuação em Parintins no combate a violência contra as mulheres. O programa é realizado pelo efetivo do 11º Batalhão de Polícia Militar, sob a coordenação do 2º sargento Wilker Maia.

Nesse 1 ano de atuação, a Ronda Maria da Penha realizou 15 flagrantes de Descumprimento de Medida Protetiva de Urgência, mais de 600 fiscalizações de Medidas Protetivas, 250 visitas solidárias, 30 buscas de pertences, 30 notificações de autor, mais de 100 atendimentos de ocorrências de violência doméstica e 250 atendimentos via linha direta.

Além disso, os policiais realizaram trabalhos pedagógicos, como aula de defesa pessoal para as mulheres, passeio ciclístico, mesa redonda na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em alusão a Semana Lilás celebrada em agosto em comemoração ao aniversário da Lei 11.340 “Lei Maria da Penha”, entrega de cestas básicas às acompanhadas do programa em alusão ao 8 de Maio – Dia Internacional da Mulher e palestras sobre violência nas escolas da rede pública.

A Ronda Maria Penha é um programa que promove um atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência, como destaca o 2º sargento Wilker Maia. “Nós temos dois canais, de atendimento. O primeiro canal é a linha direta (92) 99270-7803 que atende as denúncias das mulheres. É por esse canal que elas mandam mensagens, áudios, as informações, tudo que está acontecendo na vida delas e a partir daí que nós realizamos a estratégia de atendimento e acompanhamento. As mulheres que já têm a Medida Protetiva de Urgência nós orientamos, conversamos, fazemos o acolhimento e oferecemos o nosso serviço de acompanhamento. Enquanto dura a Medida Protetiva nós fazemos o acompanhamento semanal ou até com curto espaço de tempo para que a mulher possa se sentir segura”, disse.

A equipe da Ronda Maria Penha também faz o acompanhamento do autor onde ele é informado o que ele tem ou deve deixar de fazer, como parar de importunar a vítima com mensagens e deixar de acessar as redes sociais da vítima.

A 3º sargento Pâmela Freires enfatiza que o programa vai além do âmbito punitivo com o trabalho de acompanhamento e acolhimento. “Esse contato com as vítimas e no acompanhamento a gente vai percebendo ela vai rompendo essas barreiras da violência, vai se descobrindo e criando coragem para dar uma retomada na sua vida sem violência. Em alguns relatos a gente consegue entender que o trabalho está surtindo efeito. Muitas pessoas trazem sua realidade e na medida do possível vamos acompanhando e rompendo esse ciclo de violência”, destaca.

O 3º sargento Deivid Mafra diz que é gratificante de Parintins ter essa modalidade de policiamento especializado e diferenciado de forma que a equipe que integra a Ronda Maria da Penha possui qualificação em realizar atendimento às as mulheres de vítimas de violência. “Para as mulheres que estão sendo acompanhadas vão continuar contando com a nossa proteção, segurança, nossas rondas, nossas visitas. Para aquelas mulheres que estiverem em alguma situação comecem a refletir sobre o que está acontecendo na sua vida e peça ajuda. Pode conversar com os vizinhos, parentes ou amigos mais próximos e aí pode entrar em contato conosco, marcar um horário da melhor forma que achar melhor. Nós vamos até você e fazer as devidas orientações e encaminhamentos que forem necessários”, falou.

A Ronda Maria da Penha em Parintins é composta por quatro policiais mulheres e três policiais homens, além de contar com os órgãos da Rede Proteção, como Ministério Público do Amazonas (MPAM), Defensoria Pública, Delegacia Especializada de Polícia, Serviço de Apoio à Mulher, Idoso e Criança (Samic), Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – Caps AD Dr. Renato Menezes, o Centro de Atenção Psicossocial Adolfo Lourido – Caps 2, Escritório Social, Creas, Cras e Conselho Tutelar quando há a presença de menores de idade.

Além do fortalecimento da Rede de Proteção, a coordenação celebra que não há nenhum registro de feminicídio de mulheres acompanhadas pelo programa.

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