Com o tema “Saberes: o reflorestar da consciência”, Boi Caprichoso fecha a 3ª noite do Festival
Gilson Almeida | Radar
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Fechando a terceira noite do 57º Festival Folclórico de Parintins, o Boi Caprichoso veio em uma alegoria das alturas que encantou o público com os efeitos especiais. O apresentador Edmundo Oran foi quem conduziu o espetáculo azul. O repertório músical ficou por conta do levantador de toadas Patrick Araújo.
Dançando e fazendo movimentos de um boi real, o Caprichoso defendeu o item boi-bumbá evolução. O boi da estrela ganha vida com o tripa Alexandre Azevedo.
Após a evolução do boi, entrou em cena o amo do boi Prince do Caprichoso para fazer o primeiro verso da noite comandando a Marujada de Guerra.
Concorrendo como item lenda amazônica, o Boi Caprichoso trouxe apresentou “Do cataclismo Macurap ao reflorestar da vida” que também concorreu com o item alegoria, produzida pelo artista Alex Salvador e equipe, ocupando toda a arena do Bumbódromo, encantando a nação azul e branca com efeitos especiais e transformações. Da alegoria surgiu a cunhã-poranga Marciele Albuquerque. Ela agitou a galera com sua dança e demonstração de beleza e força da mulher indígena. Durante a sua apresentação ela montou em uma arara e usou os dançarinos para complementar a sua performance.
Levantando a bandeira de defesa pela preservação da floresta, o Boi Caprichoso deu início na apresentação dos povos indígenas, seguido pelo tuxauas.
Em seguida a atenção se voltou para Patrick Araújo ao defender o item levantador de toadas e emocionar ao cantar “Amazonia nossa luta em poesia”, composição de Adriano Aguiar, Edvander Batista, Edwan Oliveira, Ericky Nakanome e Ronaldo Barbosa.
Para disputar como alegoria e figura típica regional, o touro negro apresentou “O caboclo sacada”. Da alegoria surgiu a rainha do folclore Cleise Simas que esbanjou simpatia.
Quem matou a saudade de voltar para a arena do Bumbódromo pelo Caprichoso foi Edilson Santana, ex-levantador de toadas e ex-amo do boi do bumbá. Edilson voltou para o time azul esse ano. Ele fez uma participação cantando Utopia Cabocla, toada que foi eternizada na sua voz.
Surgindo ainda da alegoria da figura típica regional, a sinhazinha da fazenda Valentina Cid veio uma vitória régia para bailar com o Boi Caprichoso.
Depois foi a vez da vaqueirada mostrar sua coreografia sintonizada, com imagem de defensores da Amazônia.
Defendendo o pavilhão azul e branco, a porta-estandarte Marcela Marialva foi a próxima a item a evoluir na arena do Bumbódromo, trazendo em seu estandarte o tema da noite “Saberes: o reflorestar da consciência”.
Em uma noite de ousadia concorrendo com o item organização do conjunto folclórico, o Boi Caprichoso apresentou o ritual da vida, com a participação da cunhã-poranga Marciele Albuquerque. A galera – item 19 foi a loucura com uma gigantesca aranha sendo erguida nas alturas com uma enorme teia com dançarinos fantasiados de aranha.
Com uma alegoria gigantesca, com movimentos robóticos e utilização de água de verdade, a galera foi a loucura com o rito de cura da terra Awa guajá. Da alegoria surgiu o pajé Erick Beltrão que durante a sua apresentação encenou a cura de indígena.
O Boi Caprichoso encerrou a noite com uma grande confraternização na arena com todo o elenco que contribuíram para a execução do projeto “Cultura, O Triunfo do Povo”. O boi concluiu sua apresentação em 02h27min.